No passado dia 7 de maio, realizou-se, no auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a sessão de apresentação dos resultados do Desafio Gulbenkian “Stop Infeção Hospitalar”.
A ULSBA esteve representada pelo Grupo Coordenador Local do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos, pelo Senhor Enfermeiro-Diretor, e pela Senhora Presidente do Conselho de Administração, Dra. Conceição Margalha, que recebeu das mãos do Senhor Presidente da República a placa de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido.
RESULTADOS ULTRAPASSARAM AS EXPECTATIVAS
Segundo a Fundação Gulbenkian e o Ministério da Saúde, e “olhando para o trabalho realizado em 19 hospitais, conclui-se que os resultados ultrapassaram as expectativas”.
O objetivo da Fundação Gulbenkian e do Ministério da Saúde era reduzir para metade as infeções adquiridas em meio hospitalar. Três anos depois, surgem os resultados do trabalho realizado em 19 hospitais e a certeza de que as expectativas criadas à volta do Desafio STOP Infeção Hospitalar! foram claramente ultrapassadas.
O ponto de partida não era motivo de orgulho: em 2014, morriam sete vezes mais pessoas com infeções adquiridas nos hospitais do que em acidentes de viação e o tempo de internamento de doentes com infeções hospitalares era cinco vezes superior ao dos restantes. Portugal registava quase o dobro das infeções hospitalares do que a média dos países europeus, com custos estimados em 300 a 400 milhões de euros ao ano.
Sendo impossível atacar todas as frentes, foram selecionados 19 hospitais e identificadas as quatro infeções cujo combate era prioritário: a associada à algaliação; a relacionada com o cateter vascular central; a proveniente da intubação; e a associada à ferida operatória.
Três anos passados, os resultados do Desafio estão à vista: registaram-se reduções de mais de 50 por cento nas quatro tipologias de infeção, garante, satisfeito, Jorge Soares, que entre 2015 e 2018 dirigiu o Programa Gulbenkian Inovar em Saúde. Por seu lado, Paulo Sousa, da Comissão Executiva do Desafio, acredita que, “se forem criadas as condições necessárias, o sucesso da disseminação destas metodologias e práticas aos outros hospitais será uma realidade, com ganhos clínicos, económicos e sociais bastante relevantes”.
Saiba mais acerca do Estudo Stop Infeção Hospitalar
Fonte: Fundação Calouste Gulbenkian
Foto: Presidência da República