A comemoração do Dia Europeu dos Antibióticos (18 de novembro) visa promover uma utilização equilibrada dos antibióticos e informar os cidadãos sobre os riscos da automedicação.
Na semana de 18 a 24 de novembro, os profissionais da ULSBA alertam para o aumento preocupante da resistência aos antibióticos e na necessidade de promover o consumo consciente e seguro dos mesmos.
Morrem 33 mil pessoas na Europa todos os anos, o equivalente à queda de um avião todas as semanas. “A cada três segundos morrerá uma pessoa com uma infeção intratável, se não conseguirmos ultrapassar as resistências” alertou a Dra. Isabel Neves do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e das Resistências aos Antimicrobianos no passado dia 18 de Novembro no Dia Europeu do Antibiótico.
Segundo projecções da OMS, o número de mortes não parará de aumentar e as estimativas atualmente apresentadas referem que, se nada for feito, em Portugal, em 2050, morrerão 49.900 pessoas devido a infeções intratáveis provocadas por bactérias multirresistentes.
Neste âmbito, Técnicos da saúde humana, animal e do ambiente juntaram-se no dia 18 de Novembro em Lisboa para debater uma estratégia de combate à resistência aos antibióticos, tendo presente que a cada três segundos morrerá uma pessoa se estas resistências não forem ultrapassadas.
Conscientes da magnitude deste problema de saúde pública emergente e global, bem como do seu impacto junto da população, estiveram presentes nas primeiras jornadas “Uma só saúde” os Profissionais de Saúde do GCLPPCIRA da ULSBA, EPE – Dr. Luís Gabriel (Coordenador do GCL), o Enfermeiro José Espinho e a Enfermeira Mariana Galado.
As jornadas tinham como foco o envolvimento de diferentes áreas na criação de uma estratégia nacional de combate à resistência aos antimicrobianos. Contaram com técnicos da Direção-Geral de Saúde, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária e da Agência Portuguesa do Ambiente. Os objetivos gerais traçados pelos especialistas nestas três áreas foram a redução das infeções por bactérias multirresistentes e a diminuição do uso inadequado de antibióticos na saúde humana, animal e na agricultura.
Defenderam ainda que devem aumentar a cooperação porque até agora a saúde humana e saúde animal e a área do ambiente não sabem o que se passa em cada um dos setores. Melhorar o conhecimento de sobre a resistência – perceber como é que a resistência circula em Portugal – aumentar o investimento em vacinas, promover o diagnóstico microbiológico, foram medidas enunciadas pelos responsáveis das várias áreas.
O combate a este “problema global e intersectorial” deve ser feito com a introdução de boas práticas começando pela máxima: “se não há infeção, não é preciso antibiótico”.
Este foi também o principal desafio deixado pela Diretora-Geral de Saúde (DGS), Dra Graça Freitas:
Reduzir a incidência de infeções, ter menos infeções e menos infeções graves provocadas por bactérias que têm resistência aos antimicrobianos [antibióticos].
Consulte o Folheto Informativo – Uso dos Antibióticos