Os doentes alérgicos do distrito de Bragança estão a receber a vacina contra a COVID-19 em contexto hospitalar, nas melhores condições de segurança, qualidade, conforto e eficácia.
Estes doentes, com alergia conhecida a alimentos ou medicamentos, entre outras, são referenciados, em articulação com os Cuidados de Saúde Primários, através do médico de família, para administração da vacina na Consulta Externa da Unidade Hospitalar de Bragança.
É este Serviço que contacta então os utentes para, após um breve questionário e prestação prévia de informações gerais, fazer o agendamento da toma. No dia marcado, os doentes com patologia alérgica são observados inicialmente em consulta de Medicina Interna, de modo a conhecer em detalhe a sua situação clínica e averiguar eventuais riscos associados à inoculação. Nos casos em que tal seja considerado adequado é prescrita e administrada (por via endovenosa) terapêutica anti-histamínica.
Com o apoio dos Serviços Farmacêuticos e da equipa de enfermagem da Consulta Externa segue-se então a toma da vacina e um período alargado de vigilância.
Até ao dia 28 de maio foram administradas neste âmbito 142 doses da vacina contra a COVID-19, sendo que 70 doentes alérgicos do distrito de Bragança tinham já a vacinação completa (com segunda dose).
Em termos gerais, as pessoas com alergias são mais suscetíveis de desenvolver anafilaxia, que é uma resposta alérgica grave a uma determinada substância, podendo causar edema (inchaço), urticária, diminuição súbita da pressão arterial, falta de ar, dificuldade em engolir, entre outras. A anafilaxia é, assim, uma emergência que requer assistência médica imediata.
É neste contexto que a vacinação de doentes alérgicos em meio hospitalar, como atualmente decorre na Unidade Local de Saúde do Nordeste, se reveste da maior importância, enquanto garantia de um processo de vacinação seguro, desde a preparação, à administração e à vigilância pós-vacinação.