Enfermeiros de família acompanham utentes nas suas casas
Os enfermeiros de família da Unidade Local de Saúde do Nordeste têm um papel fundamental no acompanhamento dos utentes nas suas próprias casas, proporcionando-lhes cuidados de saúde sem terem que se deslocar ao Centro de Saúde.
Os cuidados de proximidade são prestados no âmbito das visitas domiciliárias regulares, que são efetuadas por médicos e enfermeiros da ULS Nordeste.
No domicílio, os enfermeiros de família prestam cuidados curativos, mas também se preocupam com o bem-estar dos utentes, na sua maioria idosos.
As baixas temperaturas são um motivo de preocupação para os profissionais de saúde, que nas visitas domiciliárias reforçam junto dos utentes as medidas de prevenção de complicações de saúde devido ao frio intenso, no âmbito do Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Inverno.
Cuidados de proximidade
As enfermeiras Adelaide Afonso e Vera Lisboa visitaram, na passada sexta-feira, 20 de janeiro, alguns idosos que vivem na zona da Lombada. A visita teve início na aldeia de S. Julião. Marcelina Pires, de 87 anos, e Francisco Baía, de 91 anos, receberam a visita das enfermeiras de família que logo à chegada verificaram se o casal estava protegido do frio. Nesta visita as enfermeiras prestaram os cuidados curativos necessários a estes utentes e reforçaram as medidas de proteção contra o frio intenso. Os idosos foram aconselhados a manter as divisões quentes, a ter cuidado com o fumo das lareiras, a se agasalharem com várias camadas de roupa e a ingerir bebidas quentes. Marcelina e Francisco aceitam as recomendações das enfermeiras, vacinaram-se contra a gripe, e mostram-se satisfeitos com os cuidados de proximidade. “Isto é muito bom. Vêm cuidar da nossa saúde”, afirma Marcelina Pires. O marido concorda e acrescenta que para se deslocar ao Centro de Saúde para fazer o curativo de que necessita numa das pernas teria que “chamar um carro” e pagar o custo deste serviço.
Nesta aldeia seguiu-se a visita a mais uma idosa. Sofia Vara, de 81 anos, tem complicações de saúde e precisa de serviços de enfermagem. A filha, Maria da Luz Vara, é a cuidadora e mostra-se satisfeita com as visitas domiciliárias. “É muito bom para a minha mãe virem cá as enfermeiras. Ela é diabética, hipertensa e tem dificuldade em andar”, afirma a cuidadora.
Promoção da saúde
Também aqui as enfermeiras reforçam os conselhos para se protegerem do frio antes de se despedirem até à próxima visita.
Adelaide Afonso e Vera Lisboa seguiram viagem até à aldeia vizinha de Babe. Mais uma visita domiciliária, desta vez a Sebastião Trino, de 79 anos, que foi vítima de um AVC há 17 anos. Recuperou, mas precisa de cuidados de enfermagem e de apoio ao nível da medicação. Para Sebastião Trino, a enfermeira que o acompanha já “é da família”.
“Nós entramos no meio dos utentes. Para além dos cuidados de saúde também nos preocupamos com as condições de habitabilidade, com a retaguarda familiar e a rede de vizinhos. Também damos apoio ao nível da medicação. Com os genéricos as caixas mudaram e há utentes que têm dificuldade em identificar os medicamentos para efetuarem a toma de forma adequada”, realça a enfermeira Adelaide Afonso.
As visitas domiciliárias efetuadas pelos profissionais de saúde têm um papel central ao nível dos cuidados de proximidade disponibilizados pela ULS Nordeste, no âmbito da sua missão, aos utentes do distrito de Bragança.



