ULS Nordeste é pioneira no país a fazer Stop às infeções hospitalares
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste foi a primeira instituição de saúde do país – entre as 12 selecionadas por concurso público, em 2015, para integrar o projeto “Stop Infeção!”, promovido e financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian – a cumprir as metas propostas nesse âmbito, ou seja, a reduzir em pelo menos 50 por cento a taxa de infeções hospitalares. E isto em metade do tempo esperado: dos três anos de duração prevista para a conclusão do projeto, o objetivo inicial foi alcançado pela ULS Nordeste em apenas um ano e meio.
Os dados foram apresentados em detalhe no passado dia 22 de junho, pela equipa de liderança local do projeto e também membros do Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos (PPCIRA), Dra. Cristina Nunes, Dr.ª Prudência Vaz e Enf.ª Irene Barros, durante a visita a Bragança de uma comissão de peritos nas áreas de liderança e gestão para a prevenção de infeções associadas a cuidados de saúde (IACS) do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e da Fundação Calouste Gulbenkian – integrada pelo Prof. Dr. José Artur Paiva (FCG), o Prof. Dr. Paulo Sousa (FCG) e o Dr. Paulo Borem (IHI).
Na presença de todo o Grupo da PPCIRA da ULS Nordeste, dos responsáveis médicos e de enfermagem dos serviços clínicos envolvidos e do Conselho de Administração – Vogal Executiva Dra. Aida Palas, Diretora Clínica dos Cuidados Hospitalares Dra. Eugénia Madureira, e Diretor de Enfermagem Enf.º Urbano Rodrigues – foram dados os parabéns aos profissionais da ULS Nordeste pelos excelentes resultados obtidos e foram traçadas estratégias para a continuidade do projeto na instituição.
Ganhos em Saúde
Estiveram envolvidos no “Stop Infeção” cinco equipas de trabalho, com 10 fluxos ativos, nos serviços de Medicina Interna (Bragança e Mirandela), Cirurgia (Bragança), Ortopedia (Macedo de Cavaleiros) e Medicina Intensiva (Bragança). E em todos esses fluxos foi conseguida a meta de redução consistente, em mais de 50%, da taxa de infeções.
“Estou maravilhado. Este projeto está a correr excecionalmente bem na ULS Nordeste, traduzindo-se em enormes ganhos em saúde, de extremo valor para a instituição, os seus utentes e profissionais e para o sistema de saúde em geral”, afirmou o Prof. Dr. José Artur Paiva.
Por sua vez, o Prof. Dr. Paulo Sousa enalteceu “a ambição e o querer da equipa” desta ULS, que “não só atingiu e excedeu os objetivos propostos, como apresentou ainda um excelente plano de alargamento do projeto, demonstrando saber para onde vai, como e quando”.
Uma apreciação reforçada pelo Dr. Paulo Borem, o qual salientou o desempenho “pioneiro” da ULS Nordeste no contexto nacional do projeto e, por isso, desafiou o Grupo de Coordenação Local não só a alargar internamente o seu âmbito de atuação, conforme está previsto, mas a ir mais longe e “usar esta sua experiência e saber adquirido para motivar e apoiar outras instituições” de saúde integradas no “Stop Infeção” a alcançarem resultados semelhantes.
Projeto alargado
Alcançada então a meta inicial do projeto, o GCL do PPCIRA da ULS Nordeste tem já definido um plano de “disseminação” do mesmo a todo o contexto hospitalar da instituição, o qual espera ver cumprido até 2020.
O Conselho de Administração foi unânime, quer na congratulação pelos resultados alcançados, quer na demonstração do seu apoio à continuidade e alargamento do “Stop Infeção” na ULS Nordeste, de acordo com a prioridade nacional do Ministério da Saúde de reduzir as infeções hospitalares e assim induzir uma mudança no sentido da melhoria da segurança do doente.
